Crianças: Criando bibelôs.

Posted 17:29 by R.a.c.k.y.s in Temas:
Sabe aqueles bibelôs da casa da nossa avó que ninguém pode nem chegar perto para não correr o risco de quebrar? Então. É assim que estamos criando nossas crianças.
Não vou defender a palmada, nem a gritaria, mas sejamos francos: Crianças não são bonecas de porcelanas. Elas não são intocáveis, são frágeis, mas nem tão frágeis a ponto de não poderem ser reladas. Os termos "cuidar" e "infância" são indissociáveis, é verdade. Mas, cuidar, não equivale a criá-las em uma bolha de proteção. Há uma linha tênue entre o cuidar, o educar, seus opostos e seus exageros.
Alguns psicólogos defendem que, assim como bater, humilhar, aterrorizar ou ameaçar uma criança não educa, só traumatiza. Eu apanhei, fui humilhada, por assim dizer, aterrorizada com comparações, ameaçada, não sou traumatizada, e olha só, nunca repeti os mesmos erros. Minha mãe sempre dizia "Você quer apanhar na frente de todo mundo?", mas isso não faz dela uma pessoa má. Ela me educou como pôde, como sabia. Obviamente, os tapas no bumbum "educativos" nunca deixaram marca, não eram espancamento... vez ou outra, um alto relevo dos cinco dedos, ou marcas de chinelada, mas nada que um banho e uma noite bem dormida, não resolvessem.
Com essa história de "lei da palmada", não-me-toques, não grite - abaixe e fale firme, a criança é posta num pedestal onde fica intocável. E a verdade é que, quando a criança percebe estar ali, ela abusa. Sim, criança te testa, testa até onde pode ir com você. O que a freia, o que a educa, é única e exclusivamente o limite. Claro, hoje em dia, a gente tem mais informação, mais estudo, coisa que não tinha muito, antigamente, porém, comparemos a infância que tivemos, com a infância que temos hoje. Os valores estão deturpados, a humanidade está se adultizando mais rápido, ao mesmo tempo em que, a educação estacionou. Essa superproteção é preocupante, pois limita o desenvolvimento e a autonomia.
Penso que um equilíbrio entre o que pode e o que não pode, somado ao limite, seja a melhor alternativa ao educar uma criança. O que não dá é permanecer nessa temática de "pobrezinha", porque criança é esperta, à sua maneira, mas é.
E, na boa, sabe o que eu acho? Falta aula de legislação brasileira, educação moral e cívica e educação de trânsito nas escolas e, cada família deveria ter a quantidade de filho compatível com a sua renda mensal porque filho não é brinquedo, nem fonte de renda... ou não deveria ser. Vale o desabafo final.


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